segunda-feira, 29 de junho de 2009

'Cause this is thriller! 2

Não resisti. Aqui vão os links de diferentes versões de Thriller (só os links, pq senão vai sobrecarregar a página!):

- dos especialistas em dancinhas! versão Bollywood.

- versão lego. legal pacas!

- versão prisioneiros das Filipinas (se o câmera não seguisse tanto a mulher feia a gravação ficava melhor...)

- versão star wars. faltou ensaiar mais um pouquinho, mas é engraçado pacas ver o lado negro da força ao som de thriller!

- pra quem só aceita o original.


E se você digita no Youtube, acha vários outros, principalmente de casamento. Mas o único que eu vi tava tão descoordenado...! Tem até aula de dança, direto do túnel do tempo!

'Cause this is thriller...

Eu não sabia o quanto eu gostava de Michael Jackson, até a quinta. Primeiro eu fiquei chocada, e ainda por cima o William Bonner estava na maior indecisão, "está morto", "está em coma", "foi overdose", "foi ataque cardíaco", "enfim, a gente não sabe". Se a Fátima Bernardes ficou confusa, imagina eu.
E então percebi o quanto eu senti o que aconteceu. Não sei se a saudade maior é dele ou do que eu vivi e que ele fez parte de alguma forma. Tinha os fantásticos com estréia de clipe, músicas dele nos finais de semana, minha amiga da escola que era fanática por ele, com pastas e mais pastas e gritos histéricos. Ele fez parte da minha infância e adolescência.
E agora é o fim de uma era. É como se me dissessem "toma vergonha na cara, você não é mais criança não! sua infância acabou.". Adolescência também, inclusive.
Ai.
Não sei se o pior é isso, ou se foi o que ouvi de um garoto de 14 anos.
"Ainda bem que morreu, aquele pedófilo."
Eu tenho dó desse garoto. Dessa geração. Estão em plena adolescência sem um ídolo, com umas coisas esparsas do tipo Eminem, Chris Brown, Rihanna, Beoncé, e outras coisas... Quem é fã de um desses é fã de vários, não há dedicação exclusiva, como o Michael tinha. Nenhum tem o talento que o Michael tinha em uma mão. Nem todos juntos, aliás.
Ai, usar verbos no passado pra falar do Michael Jackson não faz sentido.

(O dia em que a Madonna morrer eu não sobrevivo. Não mesmo.)

sábado, 20 de junho de 2009

Marília

- Dirceu, ei, experimenta...
- Na veia?
- É, na veia.
- Hum...
- Vem.
- Tá.
- Assim.
- Isso não dá doença?
- Não, acho que não, limpei tudo, você viu, pus fogo também, é assim que se faz.
- Isso lá é verdade.
- Pois então.
- Hum...
- Não precisa ter medo, é só a picada.
- Nunca pensei...
- Ah, a vida nos proporciona inúmeras oportunidades.
- É...
- Olha! Sujou aí.
- Não, não, é só sangue. Normal, não é?
- Acho que sim.
- ...
- Ei, cara...
- ...
- ... você tá ficando roxo...
- ...
- Há, há! Olha o teu lábio, tá parecendo cravo murcho...
- ...
- ... Oh, não vomita que eu tenho nojo...
- ...
- ... Há, há! Tinha ar na seringa... Hum...
Nossa, todos os teus músculos estão tremendo...
- ...
- ... Olha, daqui a pouco uma bolinha transparente vai fazer "plop" no teu coração.


BONASSI, Fernando.
O amor em chamas (pânico, horror e morte). São Paulo: Estação Liberdade, 1989.